quinta-feira, maio 26, 2011

"Senhor Javé, o Criador deste Universo" - novo livro de Jeane Miranda



“Eu sou Javé. Este é meu nome; e a minha própria glória não darei a outrem, nem o meu louvor a imagens entalhadas. (ISAIAS 42:8)




A história espiritual da humanidade passa por duas vertentes: de um lado o temor a um Deus que pune, de outro um Deus Amor, que nos ensina a amar sem esperar nada em troca. Maneiras diferentes de se relacionar com o divino, formas diversas de sermos tratados por Deus, mas de alguma maneira essas linhas se entrelaçam. Afinal, o Senhor dos Exércitos, o Deus que guiou o seu povo em tantas guerras sangrentas, enviou ao mundo o seu “filho”, que enquanto encarnado apenas nos ensinou a amar nossos inimigos, mudando, assim o rumo da história da humanidade.
O que está por trás dessa notável contradição? Quem é esse Deus que quer ser temido, louvado e obedecido, que se enfurece, dita regras e exige uma retribuição de tudo o que dá aos humanos? Ele promete recompensas e castigos, testa e destrói pessoas quando assim lhe convém, protege os que lhe são fiéis e pune os desobedientes. Estabeleceu aqui o “olho por olho, dente por dente”, exige devoção exclusiva e só atende aos que fazem a sua vontade. Um Deus forte, exigente e justo, que também é bondoso e amoroso com os que lhe são leais.
Por que o Deus do velho testamento bíblico é tão diferente daquele do novo testamento? Por que o Alá dos mulçumanos é tão parecido com o Jeová dos Hebreus? Quem, afinal, é esse Deus que exige temor e louvor, que destrói o mundo num dilúvio e depois se arrepende, que pede a seu fiel seguidor para que mate seu filho como prova de lealdade, que deixa a sua nação escolhida vagar por décadas pelo deserto passando por todos os tipos de provação, que mata os primogênitos de toda uma cidade para mostrar seu poder ao faraó? Este Ser permeia nossa história, nossas vidas, nossa cultura. Seu modo de agir está impregnado no nosso modo de ser e toda a natureza deste planeta obedece a esse molde do império do mais forte sobre o mais fraco. Todos os escritos de civilizações antigas fazem referência a Ele.
O que está por trás de tudo isso? Por que essa dicotomia espiritual em nosso planeta, que cenário está por trás das histórias de deuses que ouvimos desde nossa infância? Novas revelações por parte da espiritualidade têm tentado abrir nossos olhos para o fato de que não sabemos o contexto de nossas próprias existências. Ainda insistimos em defender “verdades absolutas” criadas com base naquilo que é cômodo para cada um de nós, e não percebemos que somos apenas atores em um drama cósmico ainda longe de ser compreendido.
É como a história dos três cegos que foram levados a frente de um elefante. Pediram que eles tocassem o animal para que posteriormente o descrevessem. O primeiro tocou a tromba e, pensando que havia tocado a criatura inteira, a descreveu como sendo longa e tubular como uma cobra. O segundo homem tomou nas mãos uma das orelhas e descreveu o elefante como plano e maleável. O terceiro tocou a perna do animal e declarou que ele era largo, roliço e firme e lembrava o tronco de uma árvore. Quem está certo, quem está errado? Cada um relatou a sua experiência individual, e dentro daquilo que conseguiam perceber, disseram a verdade correspondente à parte que podiam tocar. No entanto, nenhum deles conseguiu perceber o elefante por inteiro, e, por isso, foram incapazes de descrever o animal completamente. O que disseram era de fato verdadeiro, mas a realidade era muito maior do que a soma das três partes.
Pois bem, penso ser assim a nossa realidade. Todas as religiões, filosofias e teorias científicas e espirituais apenas podem constatar partes do contexto cósmico que nos cerca, pois cada um descreve aquilo que consegue notar, porém ninguém ainda consegue perceber o “elefante” inteiro. Ainda somos cegos, ainda com a percepção limitada. Mas ao menos alguns de nós já possuem a consciência de que há muito mais além daquilo que julgamos saber.
Novas sementes para nossa reflexão, novos mecanismos para quebrar paradigmas, novas formas de repensar valores e conceitos: é a isso que nos leva a revelação cósmica, que se desnuda perante nossos olhos neste momento de transição planetária. A espiritualidade nos afirma: sim, o Senhor Javé é o Criador deste universo, porém, este universo não é o único no cosmos. Essas informações não têm a pretensão de estabelecer aqui novas verdades, mas sim de nos fazer refletir acerca de nós mesmos e daquilo que consideramos sagrado. Nossa trajetória, enquanto raça humana, está permeada de contradições, perguntas sem respostas e lacunas em linhas evolutivas. Falamos em um Deus que é Amor, mas vivemos em um planeta cuja lei do mais forte é a lei natural. Por quê? Por que o ideal amoroso está latente em nosso íntimo, escondido embaixo do instinto de sobrevivência a qualquer custo?
Nos próximos dias deve ser lançado o novo livro de Jeane Miranda, intitulado “Senhor Javé, o Criador deste Universo”, e prefaciado por ninguém menos que Alfredo Nahas. A autora, por quem nutro grande admiração e respeito, traz de maneira simples e direta a descrição de mais uma parte deste “elefante”: mais um pedaço do contexto cósmico e espiritual que nos cerca. Este livro simplifica e reafirma as informações advindas daquilo que a própria espiritualidade chama de revelação cósmica, trabalho já iniciado por Jan Val Ellam e que está apenas começando. Espero que tenhamos a sabedoria para refletir, sem apegos e sem julgamentos. Que sejamos simples também, para entender que ainda estamos engatinhando no sentido espiritual e que, no que diz respeito à vida cósmica, nada sabemos.
Em breve, o livro de Jeane estará disponível em e-book no site da Conectar Editora. Que nossas mentes estejam abertas e nossos corações iluminados, para que, enfim, tomemos consciência do papel que representamos neste drama cósmico e passemos a atuar com a dignidade espiritual que nos marca o íntimo. Como disse nosso irmão Alfredo Nahas, no prefácio deste livro:
"Que os leitores possam se surpreender, admirar, refletir e perceber que uma história profunda de um passado da humanidade, relativo a uma outra dimensão de espaço e tempo, nos insere a todos num outro contexto existencial, mais amplo, o espaço cósmico e não apenas deste universo, que se criou à margem do cosmos, num desvio paralelo do espaço-tempo."
Que estejamos juntos, sonhando e trabalhando por um mundo melhor, sempre!!!
http://espiritualidadelivre.blogspot.com/2011/05/senhor-jave-o-criador-deste-universo.html


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